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sexta-feira, 14 de junho de 2013

SÃO JOÃO

João batista foi um grande profeta judeu que viveu nos tempos de Jesus Cristo, provavelmente seu nascimento ocorreu seis meses antes do de Cristo. Sua vida e missão (ministério) foram profetizadas cerca de 750 anos antes, pelo profeta Isaías, quando disse: “Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do SENHOR; endireitai no ermo, vereda a nosso Deus.” (Isaías 40:3). Seu nascimento também foi anunciado com antecedência a seus pais, Zacarias e Isabel, pelo anjo Gabriel: “Mas o anjo lhe disse: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João. E terás prazer e alegria, e muitos se alegrarão no seu nascimento, Porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe [...] Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te e dar-te estas alegres novas” (Lucas 1:13-16,19). Zacarias, seu pai, foi cheio do Espírito Santo, e profetizou, dizendo: “E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo, Porque hás de ir ante a face do Senhor, a preparar os seus caminhos” (Lucas 1:76-77).
João cresceu e foi instruído no deserto, ate o dia em que havia de iniciar o seu ministério. “veio no deserto a palavra de Deus a João, filho de Zacarias. E (ele) percorreu toda a terra ao redor do Jordão, pregando o batismo de arrependimento, para o perdão dos pecados” (Lucas 3:2-3) “tinha as suas vestes de pelos de camelo, e um cinto de couro em torno de seus lombos; e alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre”. (Mateus 3:4). Por isso ficou conhecido como João o batista, pois batizava multidões. Foi este mesmo João que batizou a Jesus: “Então veio Jesus da Galileia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele. Mas João opunha-se lhe, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim?” (Mateus 3:13-15).
Ele também anunciava o Reino de Deus com a chegada do Messias, e denunciava as práticas do povo, que transgrediam as leis de Deus. “Sendo, porém, o tetrarca Herodes repreendido por ele por causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe, e por todas as maldades que Herodes tinha feito,” (Lucas 3:19-20) ficou furioso e mandou prende-lo. “Festejando-se, porém, o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias diante dele, e agradou a Herodes. Por isso prometeu, com juramento, dar-lhe tudo o que pedisse; E ela, instruída previamente por sua mãe, disse: Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João o Batista.
E o rei afligiu-se, mas, por causa do juramento, e dos que estavam à mesa com ele, ordenou que se lhe desse. E mandou degolar João no cárcere. E a sua cabeça foi trazida num prato, e dada à jovem, e ela a levou a sua mãe.” (Mateus 14:6-11). E assim teve fim a vida deste grande profeta.  Jesus resumiu em uma frase, a história de são João Batista: “Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não apareceu alguém maior do que João o Batista”.
A Tradição
Veja o que, infelizmente, a “tradição” fez com a história deste santo homem de Deus: Lembra que o anjo Gabriel ao anunciar o nascimento de João, disse; “e não beberá vinho, nem bebida forte”? Pois é, hoje em dia, ironicamente, é na festa de são João que ocorre o maior consumo de bebidas alcoólicas e forte. Foi a “tradição” também que “misturou” os costumes pagãos à história de São João, como por exemplo:
As Fogueiras
As festas juninas são as guardiãs da tradição secular de dançar ao redor do fogo, Os pagãos acreditavam que elas espantavam os maus espíritos. Faziam esse ritual ao ar livre para celebrar o solstício de verão que era celebrada no dia 24 de junho segundo o calendário pré-gregoriano, e foi introduzido à igreja católica como "festa de São João" pelo imperador romano, Constantino, na Idade Média. Originalmente, o ponto alto dos festejos ao ar livre era o solstício de verão, em 22 de junho (ou 23), o dia mais longo do ano no Hemisfério Norte. As tribos pagãs também comemoravam dois eventos marcantes nessa época: a chegada do verão e os preparativos para a colheita. Nos cultos, celebrava-se a fertilidade da terra. Ao pé da fogueira, faziam-se oferendas, pedindo ao deus pagão babilônico Thamuz (Mitra) para espantar os maus espíritos e trazer prosperidade à aldeia. Note que na Bíblia não há relação entre João e as fogueiras.
A imagem
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Na tradição católica, a imagem de São João é uma criança. Mas a bíblia nos informa que ele cresceu e se preparou no deserto, e só iniciou sua missão quando já era adulto, veja: “E o menino crescia, e se robustecia em espírito. E esteve nos desertos até ao dia em que havia de mostrar-se a Israel.” (Lucas 1:80). Cristo também só iniciou seu ministério após os 30 anos, quando foi batizado. A imagem de São João criança é também uma homenagem ao deus Thamuz, que era filho de Ninrode e Semirames, deuses pagãos da antiga babilônia. Thamuz que também era chamado Mitra, morreu ainda criança, por isso a imagem de São João aparece como uma criança. Na mitologia grega Semíramis era Afrodite e Thamuz era Eros.
Considerações
Finalizo dizendo que este texto de maneira alguma é uma critica ou ofensa à fé dos queridos irmãos católicos, pelo contrário, tenho profundo respeito e admiração pelos mesmos, afinal, minha mãe, assim como minhas irmãs também é católica. Entretanto, a verdade é que o imperador romano, Constantino, exímio adorador do paganismo, aproveitando do seu poder e influência para introduzir estes rituais pagãos na igreja católica da idade média, e até hoje estão presentes (misturados) na história dos santos cristãos.
Se, de alguma forma, um irmão católico ao ler este texto sentiu-se ofendido, lamento, pois não tive, nem tenho esta intenção, e sendo assim, faço minha a pergunta do apostolo Paulo aos Gálatas: “Tornei-me inimigo de vocês por lhes dizer a verdade?” (Gálatas 4:16). Que Deus nos conceda a Sua Graça, através de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, e nos ensine a seguir o exemplo e fé de São João, e deixarmos de lado as tradições. Um abraço e obrigado pela leitura.

Por: Fábio Almeida

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